Análise do curta-metragem Hapiness
Um fato chamou a minha atenção nessa semana, vi diversas vezes no feed das minhas redes sociais o vídeo de uma animação e eu sempre acabava ignorando, até que um dia eu decidi assistir. Este vídeo era o curta-metragem Hapiness(Felicidade):
O autor do vídeo já trabalhou para grandes empresas como Coca-Cola, Sony, Toyota, Rebook e PlayStation, o que torna as suas críticas mais interessantes, por ter visto de perto parte do funcionamento das grandes corporações.
A história começa com um rato singular, que é o protagonista da história, e é a vida dele que será analisada na trama.
E então, aparece esses cavalos de corpos sarados, representando a imposição do padrão de beleza na sociedade e a publicidade abusando desse artifício.
Depois disso, o rato claramente fica triste e começa a se afundar no alcoolismo
Análise do curta
Com o título claramente irônico e a temática polêmica, o ilustrador e animador britânico Steve Cutts faz diversas críticas da sociedade contemporânea em menos de 5 minutos, fato que já ocorreu em seu outra curta famoso: MAN (Homem).O autor do vídeo já trabalhou para grandes empresas como Coca-Cola, Sony, Toyota, Rebook e PlayStation, o que torna as suas críticas mais interessantes, por ter visto de perto parte do funcionamento das grandes corporações.
Com a estrutura narrativa clássica, o curta apresenta o sofrimento do homem contemporâneo, personificado como rato, nas grandes cidades e nesse post será apresentado e analisado alguns dos temas e críticas que aparecem no vídeo.
A história começa com um rato singular, que é o protagonista da história, e é a vida dele que será analisada na trama.
Logo depois, aparecem outros ratos e ele acaba sumindo no meio deles, mostrando a perda da individualidade do ser humano nas grandes cidades, fato que podemos fazer uma analogia com o quadro Operários da pintora modernista brasileira Tarsila do Amaral.
Na sequência da trama, aparece um trem extremamente lotado que vai levar os trabalhadores para Nowhere (lugar nenhum), o que abre espaço para diversas interpretações, mas o que aparece no decorrer do vídeo dá uma pista do que seria esse tal lugar.
A próxima cena é a representação das megacidades, lotada de pessoas, automóveis, propagandas etc. Até passa um sentimento de desconforto e aperto ao ver esse trecho.
O plano de fundo muda do foco da cidade para o tema central do curta: a felicidade. O sentimento de plenitude começa a aparecer nesse instante de forma alienante, como nos filmes,
nas propandas
O protagonista, após entrar na loja, entra num fluxo de ratos e esse mesmo fluxo não tem fim e nem saída, representado num grande labirinto que pode-se deduzir que seja o tal "lugar nenhum".
E então, aparece esses cavalos de corpos sarados, representando a imposição do padrão de beleza na sociedade e a publicidade abusando desse artifício.
De forma surpresa, o rato da trama acha um caminho, porém este caminho está cheio de outros ratos esperando e isso é porque estão esperando abrir uma loja na famosa Black Friday.
Após a abertura da loja os ratos entram brigando e começam a se matar pelos produtos, o que lembra uma cena de (perdoem-me pela referência) Hannah Montana: O Filme.
Após a abertura da loja os ratos entram brigando e começam a se matar pelos produtos, o que lembra uma cena de (perdoem-me pela referência) Hannah Montana: O Filme.
Outra cena que chama a atenção é quando ele está dentro do carro e parece que as coisas vão melhorar, mas ele é multado, depois assaltam os pneus do seu carro e picham-o, reificando a violência urbana.
Depois disso, o rato claramente fica triste e começa a se afundar no alcoolismo
e bebe tanto que acaba caindo no meio da cidade, entre as pessoas, mas ninguém o nota ou o ajuda, isso mostra a indiferença e a frieza com que os moradores da cidade têm com o sofrimento alheio.
Cutts utiliza a técnica de aumentar a velocidade da gravação, mostrando o tempo passando rapidamente e as pessoas transitando sem se importar com o rato, fato que reforça ainda mais a crítica feita pelo ilustrador. Essa mesma técnica foi utilizada no videoclipe de Vermilion da banda de metal Slipknot.
Cutts utiliza a técnica de aumentar a velocidade da gravação, mostrando o tempo passando rapidamente e as pessoas transitando sem se importar com o rato, fato que reforça ainda mais a crítica feita pelo ilustrador. Essa mesma técnica foi utilizada no videoclipe de Vermilion da banda de metal Slipknot.
Quando parece não ter mais saída, o rato acha a prescrição de remédios, como anti-depressivos, e entra numa grande ilusão (note que a trilha musical até muda neste momento), mas que dura pouco e não é efetiva. Uma corrente de pensamento implícita neste trecho é da antipsiquiatria, que critica as teorias e os métodos utilizados na psiquiatria tradicional, um grande filme que retrata essa ideologia é Um Estranho no Ninho (1975).
Por fim, o rato aparece bem desgastado mas começa a correr atrás de uma nota de dinheiro, que o leva até a ratoeira, (que também é uma mesa de escritório, ou seja, um trabalho ruim) e ele fica preso nisso, assim como milhares de outros ratos, nessa lógica infortuna que é tentar buscar a felicidade no consumismo. E isso se encaixa perfeito na citação mais famosa de Clube da Luta:




















Muito boas as considerações . Gostei demais quando faz comparacões com alguns filmes.
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